UFSC deve firmar parceria com o Ministério do Trabalho

11/04/2013 09:22

Foto: Sâmia Fiates

A vice-reitora, Profª. Lúcia Pacheco, os pró-reitores de extensão, Prof. Edison da Rosa e Maristela Helena Zimmer Bortolini, os representantes da Fundação do Ministério do Trabalho (Fundacentro) – que atua na saúde e segurança do trabalhador -, o pesquisador Artur Moreira e o chefe da Fundacentro de Santa Catarina, Orlando Mantovani, estiveram reunidos na tarde de terça-feira, 9 de abril, para conversar sobre uma possível parceria entre a universidade e a fundação.

A cooperação entre as duas instituições visa desenvolver ações de pesquisa e extensão que auxiliem o trabalho da Fundacentro e enriqueçam o aprendizado e a produção dos alunos e professores da UFSC. Atualmente a Fundacentro possui demandas que não consegue suprir na área de saúde e segurança no trabalho.

A primeira delas é a saúde dos trabalhadores de frigoríficos. Segundo Artur Moreira, “Não há muitos estudos sobre as doenças que esse trabalho pode causar.” Orlando Mantovani explica que a temperatura dentro dos frigoríficos fica em torno de 8 ºC a 12 ºC , o trabalho é repetitivo e a jornada é longa e ininterrupta. Sob essas condições, os funcionários podem desenvolver uma lesão por esforço repetitivo (LER), depressão e contaminação biológica. “Visitei quatro frigoríficos. Eu não tinha ideia de como isso afeta a nossa população”, afirma Mantovani.

A segunda demanda diz respeito à segurança na construção civil. Dados recentes apontam que morre mais de um trabalhador por dia, em virtude de acidentes no canteiro de obras. Artur Moreira destaca que muitas mortes são causadas por quedas e que o guarda-corpo, proteção de periferia coletiva, pode evitar esses acidentes. Moreira completa que, para aprimorar a eficácia desse  equipamento, seria necessário expandir o estudo de materiais e formas de aplicação.

A proposta da Fundacentro foi encaminhada à UFSC no final do ano passado. Os representantes da fundação garantiram que há recursos públicos disponíveis para o desenvolvimento dos projetos, e a única condição é que a universidade desenvolva um trabalho disponível e gratuito à população.

A professora Lúcia Pacheco afirmou que a UFSC possui cursos, professores e alunos qualificados para desenvolver pesquisas e ações de extensão nesta área. Depois que o termo de cooperação for firmado, a PROEX deve começar a pensar em como concretizar os projetos. “Com o foco do trabalho definido, um prazo estipulado e o recurso disponível, poderemos fazer um edital para selecionar projetos”, afirmou o pró-reitor de extensão, Prof. Edison da Rosa.